O primeiro dia de Fashion Rio (dia 8) - aliás, a primeira noite, porque os desfiles começaram às 19 horas - foi marcado pela influência do rock e do período rebelde dos punks.
Então dá-lhe roupa preta, sapato preto, boné preto, meia preta.... Muitos detalhes metálicos, peças rasgadas e espetinhos.
Quem abriu foi a carioca Aüslander, que trouxe Rodrigo Santoro encerrado uma apresentação com calças jeans detonadas pretas, botas de cano extra-longo e camisetonas (inteiras ou recortadas nas laterais) com expressões e frases como “Porn is the new black” ("Pornô é o novo preto", em português) ou “There is no life without Blackberry” (“Não há vida sem Blackberry”, em alusão à marca de aparelhos celulares).
Uma coleção bastante coerente, baseada no movimento punk, com ícones como as fotos de Helmut Newton e o estilo do Hedi Slimane (estilista que ficou famosos por seu trabalho na Dior Homme).
Na sequência, Melca Janebro investe na carpintaria para criar o inverno 2010 de sua Melk Z-Da. Ele traz toda a cartela de cores que a madeira pode permitir, desde o marrom (estado bruto do material) até o azul (que parece patina de porta velha) e cria formas geométricas, com muitas dobras, babados gigantes e golas arquitetônicas.
É impressionante o rico trabalho manual que ele exerce, criando roupas-tapeçaria, com uma tela servindo de base para bordados com diversos materiais. A madeira também aparece nos espetos que decoram as mangas e nas plaquetas-paetês de lascas resinadas que ornamentam vestidos de tule nude. Mais um destaque? Tecidos tecnológicos, como a tela de arame, que apareceram nos vestidos, casacos e mínis.
No penúltimo desfile da noite, Giulia Borges mostra que até seus vestidinhos trabalhados, pregueados, curtinhos e jovens podem ganhar ares mais fashion e levemente góticos. É que em vez dos tons claros e do ar romântico, ela aposta nas bonecas de preto, dos pés à cabeça. Do boné com lacinhos aos tamancos-sandálias, tudo é preto. Só no final que aparece uns beges em franjados de acetato.
E depois dessa noite meio “trevas”, Victor Dzenk dá um refresco investindo no seu já conhecido estilo feminino, sedutor e glamurizado de sempre. Suas deusas gregas - representadas na passarela pelas lindas Yasmim Brunet,Talita Pugliese e Guisela Rheim - e os símbolos mitológicos ganham tons escuros e estampas mais estilizadas: folhas de parreira, cachos de uva e desenhos de estátuas, templos e colunas em preto e branco.
De resto, vemos tudo o que se espera de uma coleção “grega”: drapeados, vestidos, esvoaçantes e recortes que formam decotes desenhados
fonte: http://entretenimento.r7.com
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